No dia 28 de agosto, é comemorado o Dia do Bancário, uma data que homenageia os profissionais que desempenham um papel fundamental no sistema financeiro e para toda sociedade. A data marca uma das maiores e mais audaciosas greves da categoria, deflagrada em 1951. Na época, as negociações aconteciam com o Governo Federal, por Estado, e os bancários de São Paulo pediam reajuste de 40%.
O governo Dutra, cujas marcas eram a intransigência e a repressão de movimentos sociais em um contexto de Guerra Fria, ofereceu um reajuste irrisório, deflagrando em SP uma paralisação que durou 69 dias.
Vale lembrar que Dutra, anos antes, havia promulgado uma Lei que proibia a realização de greves. O resultado da paralisação foi muito além da conquista de um reajuste salarial de 31% – que, cabe observar, foi determinado pelo Judiciário pois não se chegou a um acordo com o governo.
Naquele ano, os bancários enfrentaram a Lei de Greve e um governo intransigente e mostraram que vale a pena lutar, virando referência para várias outras categorias.
A data também homenageia os bancários que acabaram sendo perseguidos e demitidos por lideraram um movimento vitorioso e inspirador.
“Nesta data histórica é sempre bom ressaltarmos a força dessa categoria, que tem ao longo dos anos se mantido forte e coesa contra a intransigência dos patrões e a insensibilidade dos governos. Sabemos que a batalha ainda é grande, mas a história nos mostra que só a nossa união pode manter nossas conquistas e melhorar nosso dia a dia laboral” destacou Júlio César Grochovski, presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região.