A categoria bancária aprovou através de assembleia remota/virtual, realizada entre os dias 30 e 31 de agosto, as propostas da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), apresentadas ao Comando Nacional dos Bancários.
A campanha salarial de 2020 foi marcada, primeiramente, pela luta da categoria em defesa da vida, batalha que se tornou a prioridade das prioridades, em função da pandemia da Covid-19. Vidas se foram, deixando um rastro de saudade e tristeza. O Brasil caminha para quatro milhões de infectados e 121 mil mortos. Unidos nacionalmente, bancários e bancárias se superaram. Como os profissionais de saúde, são heróis na linha de frente para atender à população. A sociedade percebe o valor e a importância da categoria, inclusive para o pagamento dos programas emergenciais de distribuição de renda.
“O Sindicato tem a honra de reunir uma categoria que sempre fez e continua a fazer história na luta dos trabalhadores por dias melhores. Esta campanha ficou marcada como a da vida, da superação e da dignidade. Parabéns, bancário e bancária, juntos conseguimos manter diversos direitos e conquistas que pelo atual conjuntura, poderiam ser retirados” ressaltou Aparecido Roveroni, presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região.
Bancários de Rio Preto e Região aprovam acordo com reajuste, abono e todos os direitos da CCT
Através da assembleia virtual, a proposta apresentada pela Fenaban na Campanha Nacional deste ano foi aprovada pelos bancários de Rio Preto e Região. O acordo será de dois anos e garante, este ano, 1,5% de reajuste nos salários, mais abono de R$ 2 mil para todos, e reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nas demais verbas como VA e VR, bem como nos valores fixos da PLR.
E para 2021, prevê 0,5% de aumento real para salários e demais verbas. Além disso, todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram mantidas.
Os reajustes nos salários e vales, mais o abono de R$ 2 mil e a PLR dos bancários injetarão mais de R$ 8 bilhões na economia. Com a aprovação do acordo, a categoria recebe o abono já em setembro, assim como a antecipação da PLR
Veja os principais pontos do acordo e em quais os bancos retrocederam:
- – Manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos
Proposta inicial: Fenaban queria retirar direitos da CCT, como a 13ª cesta alimentação, e queria mudar as regras da PLR, rebaixando seus valores.
Após negociação: Mantidos todos os direito previstos na CCT, em acordo de dois anos (2020/2021)
- – Reajuste de 1,5% + abono de R$ 2 mil; aumento de real em 2021
Proposta inicial: Fenaban insistia em reajuste ZERO
Após negociação: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos, em 2021. Isso garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). Para 2021: aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche, e para valores fixos e tetos da PLR.
- – VA, VR e auxílio-creche
Proposta inicial: Fenaban propôs reajuste ZERO para VA, VR e auxílio-creche.
Após negociação: este ano, VA, VR e auxílio-creche serão reajustados pela inflação (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: VA, VR e auxílio-creche terão reposição da inflação do período + aumento real de 0,5%.
- – 13ª cesta alimentação
Proposta inicial: Fenaban queria extinguir a 13ª cesta alimentação.
Após negociação: Mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação em 2021 (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) + aumento real de 0,5%.
- – PLR
Propostas iniciais: Fenaban apresentou 3 propostas que reduziam a PLR dos bancários em até 48%
Após negociação: Mantida PLR como está na CCT, e com reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nos valores fixos e tetos. Para 2021: valores fixos e tetos com aumento real de 0,5%.
- – Home office
Proposta inicial: Fenaban se recusou a negociar cláusula para melhorar condições de trabalho no home office.
Após negociação: Bancos se comprometeram em manter o home office até o final da pandemia. A Fenaban não concordou em colocar no acordo cláusulas sobre o controle da jornada de trabalho, sobre o ressarcimento de custos e a disponibilização da mobília adequada ao home office. Mas, mesmo sem um acordo geral sobre o tema, o Comando Nacional saiu com a sinalização de acordos específicos com alguns bancos.