A crise provocada pela pandemia do coronavírus gerou crise e desemprego no mundo inteiro. Mas países que realizaram testes em massa, fizeram devidamente o Lockdown e vacinou em massa, com planejamento nacional, conseguiram preservar muitos empregos e já começam a voltar a uma certa normalidade econômica. Este não foi o caso do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro fez desdém da pandemia, não organizou um plano nacional eficiente e continua a fazer campanha, em suas lives, contra o uso de máscara, o isolamento social e não comprou 70 milhões de vacinas da Pfizer em 2020.
O resultado não poderia ser mais desastroso para o país: Em média, 377 brasileiros perderam o emprego por hora no período de um ano.
Desemprego recorde
Em abril deste ano, o Brasil tinha 85,9 milhões de ocupados, ou seja, 3,3 milhões a menos do que no mesmo mês de 2020. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que leva em conta tanto o mercado de trabalho formal como o informal.
“A queda de emprego na pandemia é recorde, mas se o governo federal tivesse feito a sua parte, muitos empregos poderiam ser preservados. Além de demorar a vacinar a população, o governo Bolsonaro, em vez de socorrer micros e pequenas empresas com a contrapartida da garantia dos empregos deu R$1,2 trilhão aos bancos, com a alegação absurda de que era preciso ‘fazer caixa’ para o setor enfrentar uma crise que nem de perto afetou os lucros do sistema financeiro”, avaliam dirigentes sindicais.
“O desemprego recorde no primeiro trimestre de 2021 (14,7%), atingindo quase 15 milhões de brasileiros não foi fruto apenas da pandemia, mas da política econômica recessiva do ministro da Economia Paulo Guedes” complementam.