Caixa: Empregados cobram reestruturação das Gipes

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Para as entidades representativas, estruturas regionais de pessoas são essenciais para facilitar e agilizar o atendimento de demandas dos trabalhadores; movimento sindical também cobra o fortalecimento da Universidade Caixa

Durante visita à Universidade Caixa, na terça (13), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa voltou a cobrar da direção do banco a recriação das estruturas regionais de gestão de pessoas (Gipes), que foram extintas em 2021. Segundo as entidades sindicais e associativas dos empregados, a extinção destas estruturas prejudicou o atendimento às demandas dos trabalhadores.

“Queremos uma gestão de fato humanizada e a área de pessoas é a que lida com as questões relacionadas ao dia a dia de trabalho dos colegas. É urgente a revisão dos processos para diminuir o adoecimento, especialmente os decorrentes de assédio em razão das metas”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltando que a recriação da Vice-Presidência de Pessoas (Vipes), também extinta no primeiro semestre de 2021, foi importante, mas que é fundamental a recriação das estruturas regionais das Gipes para facilitar e agilizar o atendimento de demandas locais.

O movimento sindical bancário sempre defendeu a necessidade de uma área específica de gestão de pessoas, considerada imprescindível não só para o processo de reconstrução da Caixa que o Brasil precisa, mas também para o cuidado com os empregados. A CEE tem recebido relatos de empregados sobre a piora significativa no atendimento de suas demandas por conta da extinção das regionais de gestão de pessoas.

Os representantes da Caixa alegaram que o assunto está em análise, mas que, para este ano, não há previsão orçamentária.

Fortalecimento da Universidade Caixa

Outro ponto debatido no encontro foi a ampliação da oferta de programas de formação da Universidade Caixa. A Comissão reivindicou ainda que os cursos sejam realizados durante o horário de expediente comercial, conforme está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A CEE avalia que a Universidade Caixa precisa ser fortalecida através das ações presenciais e a Caixa sinalizou positivamente a esta demanda. Os representantes dos empregados criticaram as certificações sem tempo de estudo para o pessoal das agências, apenas para cumprir metas.

“A Universidade Caixa deve não apenas disponibilizar os cursos, mas manter programas de formação que permitam que as pessoas estudem com calma, de preferência presencialmente, assimilem os conhecimentos e os utilize para seu desenvolvimento profissional e pessoal e para a melhoria do atendimento dos clientes e de toda a população brasileira, sobretudo das pessoas mais carentes, que dependem dos programas sociais do governo federal”, disse Fabiana Uehara.

Vipes

Os representantes do banco apresentaram a estrutura da Vice-Presidência de Pessoas (Vipes) e da Universidade Caixa. Os membros da CEE consideraram a nova estrutura Vipes um avanço, com resgate de um atendimento mais próximo, como havia antes.

“É importante essa oportunidade de estreitar o relacionamento das entidades com a Caixa, para reforçarmos as demandas que chegam até nós. Reivindicamos uma nova negociação da mesa permanente e esperamos em breve ter resposta dessa agenda”, disse a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Eliana Brasil.

Cursos de Integração

Atendendo a uma reivindicação das entidades sindicais e associativas, a Caixa anunciou a retomada dos cursos de integração. Assim que o banco anunciou a contratação de 800 novos empregados, a Contraf/CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) cobraram a participação das entidades associativas e sindicais no processo de integração dos novos contratados.

Entidades como a Fenae, Contraf/CUT, Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), sindicatos de bancários e a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) sempre participaram desses encontros, que deixaram de ser realizados no governo anterior.

“Através desses espaços institucionais, os novos contratados descobrem o valor e a importância dos movimentos associativo e sindical nas conquistas para a categoria. A unidade dos novos trabalhadores em torno das entidades representativas é determinante para a mobilização em defesa da Caixa pública e social e também contra a retirada de direitos, com foco na melhoria das condições de trabalho e no esforço por um Brasil mais justo, democrático e soberano”, disse o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Fonte: Fenae e Contraf-Cut

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