O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal, formado pelos representantes dos trabalhadores e do banco, se reúne nesta segunda-feira (02/12) para discutir as regras e critérios para o pagamento dos “deltas”, como são chamadas as remunerações adicionais pagas conforme a evolução na carreira.
Na última reunião, realizada no dia 11 de novembro, o banco apresentou uma proposta que foi recusada pela representação dos trabalhadores. O motivo da rejeição foi o curto período (menos de um mês) para o cumprimento das exigências e a falta de clareza sobre como essas exigências deveriam ser cumpridas.
“Os deltas são pagos considerando o ano base 2024, que já está acabando. Não é justo estabelecer critérios a serem cumpridos em 12 meses sendo que temos apenas um mês para cumpri-los”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados e do GT, Eliana Brasil, que é diretora executiva da Contraf-CUT. “Além disso, defendemos que os cursos e outras exigências devem ser realizados de forma a contribuir verdadeiramente com o desenvolvimento intelectual e físico dos empregados. Não podem ser feitos apenas para se conseguir um comprovante de realização para aumento na remuneração”, completou Eliana.
A representação dos empregados também defende que os cursos possam ser realizados durante o horário de expediente, com orientação do banco aos gestores para que seja estabelecida uma escala que permita a todos os empregados realizá-los. “Essa preocupação visa atender, principalmente, as mulheres que não têm companheiros que entendem a necessidade da justa divisão de tarefas de cuidados com o lar e outras responsabilidades familiares, como a atenção com os filhos”, observou Eliana Brasil. “Por isso, entendemos que elas são prejudicadas nos casos em que os cursos e outros requisitos não podem ser realizados durante o expediente”, completou.