Canceladas negociações desta semana com a Caixa

Compartilhe em sua rede social

A negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal com o banco, que haviam sido agendadas para esta semana (quarta-feira, 20, e quinta-feira, 21), para dar continuidade às negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados foram canceladas em decorrência da morte de um dos diretores do banco. As novas datas ainda não foram remarcadas.

“O cancelamento é justificável. Acreditamos que o mais importante é o fator humano que está envolvido”, disse o coordenador da CEE, Clotário Cardoso. Os debates desta quarta-feira (20) iam girar em torno da “jornada e das condições de trabalho” dos empregados e os de quinta-feira (21), sobre “Saúde do trabalhador e Saúde Caixa”.

“Os debates sobre estes temas serão remanejados. Divulgaremos as novas datas assim que o novo calendário for definido”, disse Cardoso.

Nota oficial

“A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) receberam com tristeza a notícia sobre a trágica morte do diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal nas dependências do banco, que, segundo informações da imprensa, está sendo investigada como suspeita de suicídio.

Para nossas entidades, o mais importante é garantir um ambiente de trabalho saudável, que não traga prejuízos à saúde e à integridade física, psicológica das trabalhadoras e dos trabalhadores. E, neste sentindo, lamentamos o ocorrido e nos solidarizamos com a família e amigos do empregado.

Mais do que isso, pedimos que o caso seja investigado com rigor e seriedade, assim como todos os demais casos que prejudicam o ambiente e o trabalho das empregadas e dos empregados da Caixa que vem sendo divulgados pela imprensa.

As mudanças na estrutura organizacional da Caixa precisam sanar os problemas existentes e tornar o ambiente de trabalho naquilo que esperamos de uma empresa pública do porte e importância do banco e que garanta a saúde das empregadas e dos empregados.

Nos casos de apuração de denúncias de assédio moral e sexual, defendemos que sejam acompanhadas por um corpo bipartite, formado por número igual de membros indicados pelo banco e escolhidos pelas empregadas e empregados e, não pelo Conselho de Administração, que é formado por sete membros, com apenas um indicado pelas empregadas e empregados. Além disso, é preciso que haja o acompanhamento de auditoria externa independente, para permitir isenção e garantir que as denúncias sejam efetivamente apuradas e, se for o caso, os responsáveis sejam responsabilizados e punidos.

A Contraf-CUT e a Fenae acompanharão o desdobramento deste e dos demais casos que afetam o cotidiano de trabalho e continuarão sua tarefa de representação dos interesses das empregadas e empregados e de denúncia destes e de outros possíveis casos de assédio moral e sexual que possam surgir.

Juvandia Moreira
Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

Sergio Takemoto
Presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal

Clotário Cardoso
Coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal/Contraf-CUT”

Outras Notícias