CEE discute teletrabalho e banco de horas com a Caixa

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A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu nesta terça-feira (24) com o objetivo de finalizar a proposta de acordo sobre os temas teletrabalho e banco de horas.

A negociação é cobrada por empregados desde 2020. Em junho do ano passado a Caixa apresentou uma minuta para o debate.

Durante a reunião, a representação dos trabalhadores apresentou contrapontos à proposta da Caixa para criação de banco de horas e a manutenção do pagamento de horas-extras. O banco se prontificou a analisa-las e responder.

Com relação ao teletrabalho, os bancários defenderam a prorrogação do home office até que haja segurança sanitária para o retorno ao trabalho presencial, ainda mais com o avanço da variante delta.

Apesar do modelo remoto se mostrar viável e trazer economia para as empresas, empregados da Caixa destacaram que os custos e a carga de atividades para os trabalhadores subiram.

“A exemplo dos demais grandes bancos, a Caixa precisa regrar o teletrabalho. O cenário da atividade bancária no pós pandemia indica que muitas pessoas permanecerão em home office”, pontua Carlos Augusto Pipoca, representante da Feeb SP/MS.

Jornada de trabalho
Com relação à jornada de trabalho, o banco demonstrou interesse em estabelecer que o controle da jornada em trabalho remoto seja facultativo e estabelecido mediante prévia negociação entre o empregado e o gestor da Caixa.

Horas-extras
Ao tratar sobre o pagamento das horas trabalhadas a mais pelos empregados, o banco inseriu um parágrafo no qual tenta estabelecer “a composição de banco de horas para as horas extraordinárias”, numa proporção de uma hora de descanso para cada hora adicional trabalhada.

Para os representantes, a decisão é prejudicial aos trabalhadores da linha de frente para o atendimento à população, que são as pessoas que mais se arriscam.

Polêmica
Um dos pontos mais polêmicos da reunião foi quanto à cláusula sobre saúde e segurança do trabalho. O banco inseriu na minuta uma série de orientações de postura e rotinas, inclusive para a vida pessoal. Com isso, busca transferir ao empregado a responsabilidade por possíveis futuras doenças ocupacionais geradas devido ao trabalho realizado em home office. Um dos parágrafos da cláusula diz que “o empregado será responsável por observar as regras de saúde e segurança do trabalho, bem como seguir as instruções que constam desta Cláusula, a fim de evitar doenças e acidentes”.

Outros pontos
Existem ainda outros pontos de divergência, como a necessidade do funcionário em home office comparecer presencialmente ao local de trabalho.

A Caixa ficou de analisar os destaques feitos pela representação dos empregados e responder assim que possível.

Mesa de negociações
Antes do fim da reunião foi solicitado pela coordenação da CEE a realização de outras mesas de negociações para tratar de outros assuntos, como a implementação do GT de promoção por mérito e as mudanças na Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP).

Via Feeb SP/MS

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