Garoto-propaganda das reformas do governo Jair Bolsonaro, Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, diz que demitirá metade do departamento de auditoria do banco caso a reforma tributária seja aprovada, sinalizando que outras empresas farão o mesmo
“O Bradesco tem 372 funcionários no departamento de auditoria só para cuidar de impostos. Se for simplificado, poderia ter metade. Diminuir o número de impostos tiraria um custo importante das empresas”, disse, em entrevista na edição desta quinta-feira (6) do jornal O Estado de S.Paulo.
Nesta semana, o Bradesco anunciou que teve um lucro de R$ 25,8 bilhões em 2019, primeiro ano de condução da política econômica por Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. O montante fez com que o banco crescesse 20% no ano. O resultado foi puxado principalmente pelos empréstimos, que no quarto trimestre chegou ao valor de R$ 604,9 bilhões, uma alta de 13,8% em relação ao ano anterior.
Mesmo assim, Lazari diz que o banco acredita em um crescimento do PIB em 2,5% em 2020, apostando em mais reformas para beneficiar o sistema financeiro.
“A reforma da Previdência era a mais importante e passou. Pelo que tenho visto, apesar de termos calendário eleitoral no segundo semestre, vamos conseguir andar com as reformas administrativa e tributária, além da independência do Banco Central”, afirmou.
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