Comando Nacional cobra respeito às negociações; Paralisação nas agências do BB acontece hoje(10)

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Mesmo com mediação do MPT, negociações se estagnam; mas trabalhadores querem continuar as conversações com o banco

Ao fim das negociações sobre o plano de reestruturação que prevê a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios, o Banco do Brasil não atendeu as reivindicações dos trabalhadores e nem aceitou retirar as condições para apresentar uma proposta.

Na primeira parte da reunião, o banco havia apresentado uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP), ambos já em negociação com o Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. O banco também exigia a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco. O movimento sindical recusou a proposta e, depois disso, houve um intervalo nas negociações.

Na segunda parte da reunião de negociações desta terça, o banco retirou até a proposta que havia feito antes e não deu prazo para que as entidades consultassem os funcionários sobre a proposta apresentada pela manhã.

Busca da mediação

“O movimento Sindical tem buscado o diálogo mas o banco insiste em não negociar, mesmo com a intermediação do Ministério Público do Trabalho que atua desde quarta-feira(3) auxiliando nas negociações. O Banco se quer informou com clareza quais municípios irão ser afetados com a reestruturação, isso gera um sentimento de incerteza para os funcionários e município que possuem apenas uma agência do banco, podendo interferir até mesmo na economia desses municípios” disse Aparecido Roveroni, presidente do Sindicato de Rio Preto e Região.

O Movimento sindical segue orientando os sindicatos e colegas bancários para que intensifiquem as atividades a partir desta quarta-feira (10), que é quando o banco pretende dar início ao seu plano de reestruturação, retirando todas as funções de caixa. Funcionários do BB aprovaram na última sexta-feira (5) o Estado de Greve, em assembleias realizadas por sindicatos de todo o país. A greve de 24h, para esta quarta-feira (10/2), foi aprovada em assembleia e busca barrar a reestruturação implantada unilateralmente pelo governo federal e a diretoria do banco.

Darci Barros, diretor do Sindicato de Rio Preto, destacou a importância do movimento que também busca impedir o descomissionamento dos caixas.“Os caixas não podem ficar sem sua gratificação, principalmente nesse período de pandemia onde milhares de famílias enfrentam dificuldade financeira”, completou.

Comando solicita negociação

Apesar de orientar a intensificação das manifestações, os trabalhadores querem continuar as negociações. Ao fim da mediação o Comando Nacional dos Bancários solicitou uma reunião para continuar as tratativas.

“Mostramos que estamos dispostos a negociar. Acreditamos na via negocial e queremos continuar as tratativas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Queremos manter as gratificações dos caixas e evitar que os trabalhadores sejam, mais uma vez, prejudicados”, completou.

Manifestações
Os trabalhadores já comunicaram ao banco que, nesta quarta-feira (10) ocorrerão manifestações nas agências do Banco do Brasil em todo o país e que foi decretado o Estado de Greve em assembleias realizadas em todo o país.

 

Fonte: Contraf-Cut com edição de: Sindicato dos Bancários de Rio Preto.

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