Levantamento tem o objetivo de identificar e compreender os impactos da pandemia para a saúde dos trabalhadores do banco e sua relação com o ambiente de trabalho. Preenchimento do formulário combina com defesa da vida e da Caixa pública
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro está convidando os empregados da Caixa que trabalharam ou estão trabalhando presencialmente na pandemia a responderem ao formulário da pesquisa “Projeto Covid-19 como uma doença relacionada ao trabalho”, elaborada por cientistas de instituições como a USP e a Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Ao responder o questionário, essencial para auxiliar na prevenção da doença e minimizar suas consequências clínicas e sociais nas unidades da Caixa, a identidade do bancário fica mantida em total sigilo. Quem for do banco público, há a opção de clicar aqui e participar da pesquisa.
A iniciativa de preencher o formulário, sobretudo por quem se encontra na linha de frente, como é o caso de boa parte dos empregados da Caixa, cujo trabalho mostrou-se fundamental para o fomento às políticas públicas em tempos de pandemia, tem sido determinante para o planejamento de ações de proteção à saúde do trabalhador e contra a retirada de direitos.
Essa participação visa ajudar na adoção de medidas mais efetivas voltadas aos trabalhadores do banco. Mais ações podem ser criadas a partir dos resultados obtidos pelo estudo do Comitê de Ética de Pesquisas da Unesp, cujo propósito é a elaboração do “Dossiê Covid-19 no mercado de trabalho”, com base no registro da história contada sob o ponto de vista do bancário e de trabalhadores de outras categorias profissionais. Um dos objetivos é dar visibilidade ao trabalho presencial de todos os que trabalharam ou continuam trabalhando durante a pandemia.
“Essa é a chance do empregado da Caixa colaborar com a elaboração de um dossiê sobre a Covid-19 no trabalho, tendo como referência informações para serem utilizadas na defesa dos direitos dos trabalhadores”, explicou Maria Maeno, médica, pesquisadora do Trabalho e doutora em Saúde Pública pela USP, em vídeo no qual convida a classe trabalhadora a participar da pesquisa.
Segundo Maeno, que faz parte do grupo de pesquisadores, a voz dos trabalhadores precisa ser ouvida por toda a sociedade. “Ninguém melhor do que eles para narrar de como trabalharam e trabalham, em quais momentos perceberam os perigos da doença e de como foram as providências tomadas pela direção do banco para que fossem protegidos”, argumentou. A médica diz que, no portal www.congressointernacionaldotrabalho.com, podem ser encontradas informações sobre a pesquisa e sobre a história de vida de trabalhadores que morreram e dos que sobreviveram, além de notícias sobre a Covid-19 no ambiente de trabalho.
Fonte: Contraf-Cut