Os trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil aprovaram, nesta quinta-feira (9), durante a 33º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, as propostas de reivindicações para a Campanha Nacional 2022, a serem entregues à empresa. O Sindicato de Rio Preto foi representado pelo diretor Darci Barros, que participou do encontro através de videoconferência.
“O conjunto de reivindicações foi formulado com a participação das federações de todas as regiões do país. Seu conteúdo inclui desde tratamento igualitário a todos e todas as funcionárias do BB, incluindo dos bancos incorporados, até percentual de mulheres na mesma proporção da população do BB e saúde mental dos funcionários, como avaliação psíquica sempre que o trabalhador solicitar, através da Cassi”, resumiu o João Fukunaga, coordenador da CEBB.
Apesar de todas as entidades locais já terem tido contato com o material, durante a mesa que fechou o terceiro dia do encontro, as 11 páginas que compõem o documento foram relidas. “Esse processo foi importante para corroborar a nossa missão de democratizar ao máximo os processos sindicais”, completou Fukunaga.
Durante o encontro foram denunciados a pressão sobre os funcionários, que acaba contribuindo para o adoecimento e aumento no número de suicídios entre bancários. A instabilidade financeira e emocional dos funcionários e os ataques a Cassi e Previ também foram debatidos. Outro ponto destacado é a importância da retomada da função de banco público como fomentador do desenvolvimento regional sustentável.
Desenvolvimento Econômico Regional com banco público
• O papel do BB no desenvolvimento da agricultura familiar e pequenas cooperativas no interior do país.
• O papel do Banco do Nordeste no microcrédito orientado e produtivo no desenvolvimento da economia do Nordeste.
• A mudança da missão e do propósito do BB nós últimos anos e como abandonamos nosso papel de Banco de desenvolvimento social.
• Retomada dos projetos de DRS (desenvolvimento regional sustentável) para ajudar o desenvolvimento da sociedade.
• A destruição da estrutura pública de proteção as comunidades desfavorecidas (quilombolas e comunidades carentes) e como isso afetou seu desenvolvimento.
• Importância do BB, em seu caráter de banco público na retomada e reconstrução do país.
A fome se combate com agricultura familiar
• Como a política neoliberal prejudica a população através da redução de investimento em áreas como educação, saúde e agricultura.
• Como a atual política econômica levou pais de volta ao mapa da fome (30 milhões de brasileiros).
• Papel do BB como principal agente de fomento da agricultura familiar.
• O papel do agronegócio e da monocultura na aceleração do desmatamento e aquecimento global.
• Recuperar o protagonismo do Estado na implementação de políticas públicas efetivas para o desenvolvimento da sociedade como um todo.
O papel do BB na reconstrução do Brasil que a gente quer
• Como os bancos públicos ajudaram o país a superar a crise econômica de 2008 através de incentivos e aquecimento da economia.
• Como a política de privatização dos governos após 2016 se deu: ou pela venda das estatais ou pela instauração de diretorias com mentalidade privada em empresas estatais.
• Sucateamento do BB e venda de suas subsidiárias para preparar a privatização.
• Como o processo de mudança de cultura no BB indica intenção de privatização do banco.
• Quando a empresa pública trabalha com a mentalidade de empresa privada acaba prejudicando toda a população apenas para favorecer o acionista.
• Resultado de 2016 a 2022: estagnação econômica, inflação alta, aumento substancial do desemprego, retorno do país ao mapa da fome.
• Deterioração das condições econômicas e sociais.
Como retomar e reconstruir?
• Socorrer os necessitados, como feito em 2003 com o Programa Fome Zero.
• Retomar o crescimento da economia que gere empregos.
• Desprivatizar as estatais que trabalham como empresas privadas.
• Reforma trabalhista para defesa do trabalhador.
• Reconstruir o estado de bem estar através do emprego.
• Estimular as micro e pequenas empresas.
• Revisar a Visão e Missão do BB para retomar nosso papel de Banco público de desenvolvimento.
Fonte: Contraf-Cut com edição de SEEB Rio Preto