Funcionários do BB definem calendário de luta contra reestruturação

Facebook
Twitter
WhatsApp

Compartilhe em sua rede social

Haverá mobilização na quinta-feira (21) e proposta de paralisação nacional dia 29

Bancárias e bancários do Banco do Brasil vão realizar nesta quinta-feira (21) um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. A reestruturação prevê o fechamento de agências e outras unidades do BB, além da demissão de 5 mil funcionários. O Dia Nacional de Lutas é uma das iniciativas aprovadas nesta terça-feira (19) em reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29.

“Continuamos a luta contra essa reestruturação que só traz prejuízos para a população e os funcionários do Banco do Brasil. Vamos levar para os clientes do banco, para os parlamentares, prefeitos e para a população em geral os danos que a proposta da direção do banco pode provocar. Vivemos uma pandemia e eles querem demitir 5 mil pessoas, fechar agências que atendem cidades isoladas do interior, além de tentarem desmontar um banco público essencial para a economia brasileira”, disse o coordenador nacional da CEBB, João Fukunaga.

A CEBB decidiu fazer Dia Nacional de Lutas, nesta quinta-feira (21), com mobilização nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens. O calendário de mobilizações se estende até o dia 28. “Entre 21 e 28 de janeiro, as entidades sindicais manterão as mobilizações permanentes nos locais, com plenárias, reuniões nos locais de trabalho, ações nas mídias sociais, buscando apoio da sociedade e tornar público os ataques do governo federal ao Banco do Brasil e aos seus funcionários”, explicou João Fukunaga.

A CEBB indicou para os sindicatos realizarem nesse período de mobilização assembleias de base para a decretação do estado de greve. A indicação da CEBB é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas. No dia 29, está programada também uma atuação organizada nas mídias sociais e o uso de roupas pretas pelos funcionários.

Informações e direitos

Também será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. Os Sindicatos através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro já solicitou ao banco informações sobre agências, locais e postos de trabalho que serão extintos.

A transparência, que deveria ser a regra, parece não existir, por essa razão é que o Ministério do Trabalho está sendo provocado para iniciar a mediação.

A garantia dos direitos básicos dos funcionários também é preocupação do movimento sindical.

“O Sindicato sempre estará a disposição para defender judicialmente os direitos básicos dos colegas bancários. Tudo que for possível judicialmente, os colegas do Banco do Brasil podem ter certeza que o sindicato apoiará” disse o bancário do BB e diretor do Sindicato de Rio Preto, Jurandir Garcia.

“Não iremos nos esquivar. O Sindicato tem o compromisso com os colegas do Banco do Brasil em defender os direitos da nossa categoria, independente de qual governo for, não aceitaremos retrocesso ou desmonte, estamos prontos para resistir e lutar pela categoria, e assim faremos” afirmou Darci Barros, bancário do BB e diretor do Sindicato de Rio Preto.

Outras Notícias