A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do banco voltaram a se reunir, na noite desta sexta-feira (1), para continuar a discutir o retorno ao trabalho presencial.
Logo no início, os membros da CEBB reforçaram as críticas ao modo como a convocação do retorno foi feita, com ameaças de gestores aos trabalhadores que não querem retornar, e que ainda não é o momento de retornar, pois a pandemia do coronavírus (Covid-19) continua, uma média de mortes alta, e com a variante Delta, de alta transmissibilidade, predominando em vários estados.
O movimento sindical aponta ainda que trabalho presencial aumenta a concentração de pessoas e o risco de aglomeração nos prédios e agências, além de compartilharem o mesmo ambiente, tais como banheiros e cozinhas. Por isso, o uso de máscaras PFF2/N95 tem de ser obrigatório e fornecidas pela empresa, de acordo com as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Além da necessidade da vacinação completa, com o respeito aos 15 dias após a segunda dose, e da testagem dos trabalhadores que aceitarem voltar. A CEBB reivindica também a proibição da volta dos trabalhadores do grupo de risco e dos que coabitam com pessoas do grupo do risco. “Nós queremos estabelecer uma forma segura, que não haja riscos à saúde dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
Veja abaixo outras reivindicações dos trabalhadores encaminhadas para o banco:
- Trabalho Remoto permanecer como estratégia para a continuidade do serviço, podendo ser adotado sempre que a natureza do trabalho permitir;
- Respeito às normas municipais, estaduais e federais, acerca de ações para enfrentamento da pandemia de Covid-19, nos ambientes do BB;
- Rodízio entre os trabalhadores da mesma equipe do trabalho remoto, para evitar a eventual contaminação de todas as pessoas de uma mesma área;
- Retorno ao trabalho presencial de forma gradual, considerando a situação epidemiológica da Covid-19 no Brasil e na região onde a unidade está localizada;
- Possibilidade da flexibilização da jornada de trabalho dos funcionários (em até 1 hora para os que possuem jornada de 6 horas e até 2 horas para os de jornada de 8 horas) para que seja possível reduzir a quantidade de funcionários presentes nos ambientes de forma simultânea e estipulando turnos de trabalho, desde que não haja prejuízos às atividades desenvolvidas na dependência;
- Priorização do atendimento não presencial ao público;
- Reuniões presenciais devem ser evitadas;
- Acompanhamento dos gestores da sua equipe, verificando diariamente o estado de saúde de todos e a eventual manifestação de sintomas como tosse, cansaço, congestão nasal, coriza, mialgia (dor no corpo), dor de cabeça, dor de garganta, dificuldade para respirar, febre e perda de olfato;
- Cuidados no deslocamento para o trabalho para evitar transporte público nos horários de pico.
Uma comissão bipartite será criada para a construção de um manual de conduta dos funcionários do Banco do Brasil no retorno ao trabalho presencial a partir de segunda-feira (4).