Impactos financeiros ainda são entraves para fim da função por minuto

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Mobilização surte efeito. Banco se mostra aberto à discussão, mas ainda continua analisando impactos financeiros do fim das designações de função por minuto; orientação é manter pressão

Representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados se reuniram na tarde desta quinta-feira (18) para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor. O banco está analisando o fim da designação das funções por minuto, um dos pontos fundamentais do debate.

De acordo com representantes dos trabalhadores na Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a reunião foi positiva e o banco tem se mostrado disponível para o debate, porém, a mobilização da categoria é essencial para os resultados da negociação.

Gaveta de numerários

Um dos pontos cobrados em reuniões anteriores, o problema das gavetas de numerários, que “engole” cédulas e causa diferença de caixa será resolvido. O banco definiu que será feito ajuste em unidades-piloto e que os representantes dos empregados poderão participar indicando quais serão estas unidades.

Com relação aos caixas, outra reclamação foi sobre aos scanners que substituíram os leitores de código de barras. De acordo com os trabalhadores os equipamentos não funcionam e a digitação manual causa a lentidão nos atendimentos.

De acordo com o banco, a substituição foi feita atendendo demanda de gestores e que os equipamentos foram instalados há menos de dois anos.

A CEE defendeu os funcionários e destacou a importância do banco realizar testes e ouvir os empregados, que utilizam a ferramenta no dia a dia de trabalho.

Tesoureiros
O banco também foi questionando sobre uma possível redução da jornada de tesoureiros, de oito para seis horas, com orientação para que não sejam autorizadas horas-extras para estes profissionais. O banco disse que não existe nenhuma orientação neste sentido e que é preciso analisar casos específicos.

Avaliadores de penhor
O banco já implementou algumas das demandas dos avaliadores de penhor, como a habilitação, nos próximos dias, do SISAG para autenticar guias de penhor de valores superiores a 10 mil reais. A demanda foi apresentada na reunião passada.

Representantes avaliaram como um avanço importante e resposta às reivindicações.

Em reunião técnica específica serão debatidos problemas de sistemas utilizados pelos empregados que desempenham a função. Os trabalhadores vão indicar seus representantes para participar da reunião do grupo, que é parte deste mesmo GT de funções específicas.

Mudança de mobiliário
A reunião também tratou sobre a adaptação de agências para pessoas com deficiência (PCDs). O banco informou que serão aplicados R$ 115 milhões para mudança de mobiliário de 500 a 600 agências e que a adaptação para PCDs levará em conta a exigência de legislações municipais. Serão mesas e cadeiras autorreguláveis, para que o próprio colega regule da forma como ficar melhor para ele. Não foram considerados apoio para os pés.

Representantes da CEE pontuaram a importância da mudança de mobiliário e fortaleceram o apelo por uma gestão mais humanizada e atenta aos trabalhadores.

Outras demandas
Os trabalhadores também pediram para que a Caixa aprimore a ata das reuniões, de modo que facilite o cumprimento das reivindicações atendidas e permita o acompanhamento do que está sendo realizado.

Outra reivindicação foi para que as reuniões do GT sejam realizadas em menor período de tempo, sem que haja intervalo de um mês entre os encontros.

Também pediram para que a Caixa resgate as atribuições previstas no RH183 e compare com o que os empregados vêm fazendo na prática, para que eles não executem tarefas que não sejam de suas responsabilidades, com a intenção acabar com os desvios de funções.

Fonte: FEEB-SP/MS com Contraf-Cut

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