Negociações com o Mercantil do Brasil continuam travadas

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Mesmo após as atividades realizadas nas portas e nas imediações das unidades do Banco Mercantil do Brasil por todo o país, na manhã desta quinta-feira (4), a direção do banco se recusou a acatar as reivindicações dos trabalhadores, em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) na tarde desta quinta-feira (4). As propostas apresentadas pelo banco não englobavam todos os demitidos.

Os bancários reivindicam o fim das demissões, com requalificação dos profissionais que seriam demitidos para reaproveitamento em outras áreas do próprio banco. Para os demitidos, as reivindicações incluem o aumento do valor de requalificação para a busca de uma nova vaga no mercado; o aumento de seis meses, além do previsto na CCT, de manutenção do plano de saúde; seguro de vida; e de dois meses de vale alimentação.

O banco disse aceitar parte das reivindicações, mas apenas para gerentes administrativos e supervisores administrativos. “Nós, como sindicato dos bancários, não podemos aceitar uma proposta que contemple apenas parte dos trabalhadores. Seríamos acusados de criar subcategorias. Nós representamos a categoria como um todo, não apenas uma parcela dos demitidos”, destacou o coordenador da COE do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves.

A presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), Magaly Fagundes, que é membro do Comando Nacional dos Bancários, destacou a conjuntura enfrentada pelo país. “Enquanto esse governo não mudar, enfrentaremos momentos difíceis. Mas, o sistema financeiro não foi atingido por esta crise que colocou quase 20 milhões de brasileiros em situação de fome. Por isso, insistimos nas reivindicações”, ressaltou.

A reunião para a continuidade das negociações foi marcada para dia 11 de novembro de 2021, às 14h.

Negociações permanentes
A representação dos empregados reivindicou e o banco aceitou o estabelecimento de uma mesa de negociações permanente para tratar de assuntos do interesse dos trabalhadores. A princípio elas serão realizadas a cada três meses, podendo ocorrer antecipadamente por demanda.

Manifestações
Para Marco Aurélio, os atos desta quinta-feira, com distribuição do Jornal do Cliente, serviram como uma forma de pressão ao banco. “É bom para mostrar que estamos unidos e atentos ao que está acontecendo. Quando há demissão de funcionários, os clientes também são prejudicados e eles entenderam essa questão e responderam muito bem às nossas manifestações”, observou o coordenador da COE. “Esperamos que o banco chegue a um termo para atender a todos os demitidos. Até lá, continuaremos mobilizados”, concluiu.

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