Santander: trabalhadores protestam em todo país contra compensação de horas de jogos do Brasil

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Além das atividades de rua, os trabalhadores organizaram ações nas redes sociais com #SantanderJogaContra

O Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região junto com bancários e bancárias do Santander realizaram protestos em agências nesta terça-feira(6). As ações realizadas integram o dia nacional de luta realizado por entidades sindicais e trabalhadores de todo país. As ações deixaram claro a insatisfação dos trabalhadores em relação a obrigatoriedade, imposta pelo banco, de compensar as horas não trabalhadas durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Diretores do sindicato junto com os funcionários e funcionárias realizaram, dentro e fora das agências Santander, manifestações e entrega de panfletos, para reivindicar o abono das horas não trabalhadas por conta dos jogos do Brasil, que já está classificado para as quartas de final da Copa do Mundo. O ato também serviu para demonstrar a insatisfação e contrariedade da categoria em relação a política de terceirização e demissões promovidas pelo banco. “Nós também aproveitamos para dialogar com os funcionários e clientes sobre as terceirizações, que inaceitavelmente estão ocorrendo num processo extremamente acelerando dentro do Santander”, disse Daniel Vitolo, bancário do Santander e diretor do Sindicato de Rio Preto.

Além das ações de rua, os trabalhadores organizaram ações nas redes sociais na tarde desta terça, com um tuitaço utilizando a hashtag #SantanderJogaContra.

Entenda
O horário especial de atendimento ao público nas agências, nos dias de jogos da seleção brasileira de futebol durante a Copa do Mundo, foi estabelecido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) levando em conta questões como a segurança das agências e de transporte de valores e a Resolução nº 4.880, de 23 de dezembro de 2020, do Conselho Monetário Nacional, que autoriza as instituições financeiras a estabelecer o horário de atendimento ao público em suas dependências.

Veja abaixo o horário de expediente bancário nos dias de jogos da seleção brasileira:

Nos jogos das 12h

• Nos estados com horário igual ao horário de Brasília, o atendimento ao público será das 9h às 11h e das 15h30 às 16h30.

• Nos estados com diferença de 1h em relação ao horário de Brasília, o atendimento ao público será das 8h às 10h e das 14h30 às 15h30.

• Nos estados com diferença de 2h em relação ao horário de Brasília: das 7h às 9h e das 13h30 às 14h30.

• Nas agências em Fernando de Noronha (1h antes do horário de Brasília): das 8h às 12h.

Nos jogos com horário previsto às 13h

• Estados com horário igual ao horário de Brasília: das 8h30 às 11h30.

• Estados com diferença de 1h em relação ao horário de Brasília: das 7h30 às 10h30.

• Estados com diferença de 2h em relação ao horário de Brasília: das 7h às 9h30.

Nos Jogos com horário previsto às 16h

• Estados com horário igual ao horário de Brasília: das 9h às 14h

• Estados com diferença de 1h em relação ao horário de Brasília: das 8h às 13h

• Estados com diferença de 2h em relação ao horário de Brasília: das 7h às 12h.

Demissões no Bradesco

Durante o protesto, o vice-presidente do Sindicato de Rio Preto e bancário do Bradesco, Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, também alertou sobre as demissões que estão sendo realizadas pelo banco.

“Sem transparência, critérios bem definidos e alegando falta de performasse, o Bradesco continua demitindo seus funcionários. Somente em Rio Preto, na agência 023, centro, foram 3 demissões nos últimos quinze dias. Fomos até a agência e iniciamos um diálogo com o Banco. O sindicato cobrou o fim das demissões e critérios mais coerentes em casos específicos que justificariam uma possível demissão. O banco, assim como qualquer outra empresa, precisa compreender que em algum momento da vida o funcionário pode ter problemas de ordem pessoal ou problemas diversos, podendo até comprometer seu rendimento num determinado período, mas seu histórico de contribuição e atividade dentro da agência jamais pode ser esquecido ou desprezado. Cobramos esta sensibilidade e esperamos uma política mais humanizada na hora das avaliações” disse Hilário Ruiz.

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