Enquanto os planos de saúde no Brasil registraram aumentos expressivos com reajustes de até 383,5% nos últimos dez anos, os empregados da Caixa Econômica Federal alcançaram uma importante vitória: o reajuste zero no Saúde Caixa em 2025. A conquista, resultado direto da negociação e mobilização sindical liderada pela CEE/Caixa, representa um alívio diante da escalada dos custos médicos e da inflação médica, que atingiu 12,7% apenas em 2025.
O acordo garante a manutenção das mensalidades e da coparticipação, preservando o acesso à saúde de qualidade para trabalhadores ativos e aposentados. Além disso, reforça o modelo de autogestão do plano, que se sustenta na corresponsabilidade entre empresa e empregados, priorizando a sustentabilidade e a proteção dos beneficiários.
Lideranças sindicais destacam que esse resultado só foi possível graças à organização coletiva da categoria, que impediu o repasse de custos aos trabalhadores, uma prática que voltou a crescer no setor privado diante da alta desenfreada dos preços. “Manter o Saúde Caixa forte e acessível é defender não só um benefício, mas uma conquista civilizatória dentro da empresa pública”, resumiu o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco.
Em um cenário de crise e encarecimento dos planos de saúde, o reajuste zero é visto como uma vitória simbólica, que reafirma a valorização do trabalho e o direito à saúde. O presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região, Júlio César Grochovski, destacou o papel fundamental da mobilização geral em prol da manutenção do benefício “A avaliação é positiva, o reajuste zero no Saúde Caixa é uma conquista importante, mas a luta continua. Ainda precisamos discutir o teto de 6,5% e garantir a inclusão dos empregados contratados após 2018 no Saúde Caixa. Desde fevereiro, realizamos cinco mobilizações em Rio Preto, com visitas às agências para engajar os trabalhadores. Seguimos firmes até dezembro, buscando a melhor solução para todos”, disse.