A apresentação do relatório do deputado Fabio Ramalho (MDB/MG), com parecer favorável à aprovação do Projeto de Lei 1043/2019, que obriga a abertura de agências bancárias aos sábados e domingos, estava prevista para esta quinta-feira (2) na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados, mas foi retirada da pauta após pressão do movimento sindical bancário e articulações dos deputados Paulo Pimenta (PT/RS) e Ivan Valente (Psol/SP).
“Fizemos um trabalho estratégico nesta semana com os deputados Ivan Valente e Paulo Pimenta, membros da CDC, pra minar o projeto e, na noite desta quarta-feira (1), a proposta foi retirada da pauta e o relatório devolvido ao relator. Neste ano, provavelmente, não será mais apreciado. Mas, estaremos atentos à tramitação e não sossegaremos até que o mesmo seja derrubado de vez!”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável pelo acompanhamento de questões de interesse da categoria no Congresso Nacional pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Jeferson Meira, o Jefão.
Pressão continua
Para o dirigente, a retirada do projeto da pauta de votações é uma vitória da categoria. “Mas, é uma vitória parcial. Não podemos baixar a guarda até este projeto seja derrubado de uma vez por todas. Por isso, a orientação é para que os bancários continuem acessando o site da Câmara dos Deputados para mostrar sua indignação, mandando e-mails e ligando no gabinete do relator para mostrar sua insatisfação”, disse.
“Para mostrar sua discordância do projeto basta acessar a enquete no site da Câmara dos Deputados, se cadastrar e clicar em ‘discordo totalmente’. Mas, também é possível mandar e-mails e ligar para o relator do projeto mostrando a sua insatisfação”, ensinou.
Dirigentes sindicais ressaltam que “abrir agências bancárias aos sábados e domingos não vai gerar inclusão de clientes que não conseguem ir às agências nos dias de semana. Estes, os bancos vão continuar encaminhando para serem atendidos pelos correspondentes bancários, independente do dia”, disse. “Os bancos têm, outros interesses e, se aprovado este projeto, a pressão por metas que já acontece durante a semana vai se estender aos sábados e domingos e aumentar o grave adoecimento na categoria bancária. Por isso, vamos continuar resistindo para evitar a aprovação”, completou.
Fonte: Contraf-Cut com edição SEEB Rio Preto