O Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região em apoio a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil realizou nesta quinta-feira (10), dia Nacional de Luta em repúdio às demissões realizadas pelo banco e também contra uma série de problemas que afetam funcionários e clientes.
O ato em solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19), também denunciou o assédio moral, as metas abusivas, a precariedade no atendimento bancário, longas filas nas agências.
De acordo com o COE, somente na segunda quinzena de novembro, o Mercantil do Brasil demitiu mais de 30 funcionários.
Diretores do Sindicato e funcionários do banco realizaram um ato de protesto de frente a agência de São José do Rio Preto, com distribuição de cartas abertas à população, mensagens em carros de som e exposição de faixa contra as demissões.
“Na contramão do que o país precisa, como geração de empregos e distribuição de renda, o sistema financeiro e o Mercantil do Brasil não é diferente, tem gerado demissões, afetando e gerando dificuldades para inúmeras famílias de bancários e bancárias” disse Hilário Ruiz, vice-presidente regional do Sindicato.
Devair Silva, bancário do Mercantil e diretor do Sindicato, questionou a responsabilidade social dos bancos, principalmente neste momento de crise gerado pela pandemia da Covid-19.
“Cadê a responsabilidade social dos bancos? Infelizmente, os bancos em vez de contratar e gerar empregos, demitem, gerando mais desempregados para o país. Vamos continuar cobrando e denunciando a falta de compromisso do banco, que insiste em demitir trabalhadores em plena pandemia, mesmo obtendo altos lucros” ressaltou o diretor.
Clientes reclamam
O Mercantil também vem sendo alvo de reclamações de clientes, que acabam sendo afetados pelas demissões. “Os clientes do Mercantil do Brasil, na maioria aposentados e pensionistas do INSS, padecem nas longas filas à espera de atendimento. Esse é o resultado das demissões, pois o atendimento foi precarizado”, ressaltou Marco Aurélio Alves. Os clientes do banco também reclamam da venda casada de produtos, o que infringe o Código de Defesa do Consumidor. A COE já denunciou essa situação junto ao Recursos Humanos do banco, mas até o momento não houve uma resposta convincente.
A comissão também denuncia as pressões sofridas pelos trabalhadores do banco. “Os funcionários que escaparam das demissões, ainda têm que lidar com o assédio moral e com o aumento abusivo de metas, impostos por uma Superintendência comercial draconiana e sem limites. Um absurdo sem precedentes”, criticou o coordenador da COE do Mercantil.