A UNI Americas repudia o processo de demissões deflagrado recentemente pelo Santander no Brasil, em ofício enviado ontem (18 de junho) à vice-presidente de Recursos Humanos, Vanessa Lobato.
Braço continental do Global Union (Sindicato Global), a UNI Americas, da qual a Contraf-CUT é filiada, repudia também o rompimento do compromisso que o Santander assumiu com os sindicatos, no último dia 24 de março, em não demitir durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a UNI, o Santander já demitiu 160 funcionários.
A UNI Americas destaca que o argumento “crise financeira” não se justifica porque o lucro líquido do Santander no primeiro trimestre deste ano aumentou 10,5% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando ganho de R$ 3,9 bilhões. A entidade reivindica a reintegração de todos os demitidos e respeito ao compromisso firmado com os sindicatos.
A UNI Americas repudia também a cobrança de metas de vendas durante a crise sanitária, com a taxa de contágio da COVID-19 em expansão no país. O Brasil é o segundo país do mundo com mais pessoas infectadas e em número de mortes.
Para a diretora do Sindicato, Patrícia Bassanin, o ofício da UNI Americas fortalece a mobilização dos funcionários contra as demissões. “O momento exige resistência. É inaceitável o processo de demissões (corte de 20% do quadro de funcionários), que veio à público no dia 9 deste mês de junho, em matéria divulgada no site do jornal Folha de S. Paulo. É inaceitável também o rompimento do compromisso assumido com os sindicatos e a cobrança abusiva de metas”.
Acima carta traduzida por Fábio de Melo, abaixo carta original.