Vigilância e demissões em massa: Itaú dispensa mil bancários por “baixa adesão” ao home office

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Nesta segunda-feira (8), o Itaú promoveu a demissão de cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto, sem qualquer diálogo ou advertência prévia. A justificativa apresentada foi a suposta “baixa aderência ao home office”, medida por meio do monitoramento de máquinas corporativas nos últimos seis meses.

O Sindicato alerta que a tecnologia e a Inteligência Artificial não podem ser transformadas em ferramentas de vigilância permanente. O excesso de controle gera ansiedade, pressão psicológica e adoecimento mental dos trabalhadores.

O banco que alegou falta de produtividade é o mesmo que lucrou mais de R$ 100 bilhões nos últimos anos — e apenas no primeiro semestre de 2025 faturou R$ 22 bilhões.

Diante desse cenário, a instituição reforça a necessidade de mobilização da categoria nas próximas negociações coletivas (2026), para impor limites à hipervigilância e garantir proteção contra práticas abusivas.

Em nota de repúdio publicada nas redes sociais, o Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região condenou duramente a postura do Itaú.

“É inadmissível e profundamente injusto o que estão fazendo com os nossos trabalhadores. As demissões são constantes e as justificativas, vazias. Queremos respeito, empatia e responsabilidade social que, na prática, não acontecem por parte dos bancos. Basta de demissões, Itaú!”, destacou o presidente do Sindicato, Júlio César Grochovski.

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