Bancários com mais tempo de Itaú sofrem com descaso e discriminação

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O Itaú vem passando por constantes mudanças, novos projetos, reestruturações, programa GERA e o projeto Itaú 2030, por conta dos quais o banco informa que está em busca de um novo perfil de funcionário.

Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos sindicatos no dia 25 de agosto, o CEO da Área de Pessoas apresentou a todos um “banco do futuro” no qual, segundo ele, não há espaço para discriminação, há uma busca constante pela diversidade e uma profunda mudança de cultura.

“há uma diferença gigantesca do que foi apresentado em relação ao que os trabalhadores bancários vivenciam no dia a dia. Os sindicatos recebem muitas denúncias de trabalhadores com mais tempo de banco, eles relatam que são caracterizados como mais velhos e que estão sofrendo humilhações feitas pelos gestores, que também não respeitam a questão de gênero” ressalta o diretor da SEEB S.J. Rio Preto, Júlio César.

O dirigente conta ainda que grande parte das denúncias foram relatadas por trabalhadores desligados que passaram pelo processo de CCV (Comissão de Conciliação Voluntária), que incluíram na justificativa de seus pedidos, o assédio moral e os danos morais que sofreram por conta de constrangimentos, exposições em reuniões e chacotas feitas pelos gestores.

Os trabalhadores relatam também que sofrem pressão com imposição de metas abusivas, acúmulo de funções, e outros.

“Estou vivendo sufocada. Tenho uma filha de dois anos. Não durmo, não consigo comer. Meu corpo dói inteiro. E não posso me afastar, isso pioraria minha situação”, desabafa uma trabalhadora.

Para piorar, Itaú promove demissões

As demissões também não param, tanto nas agências, como nos departamentos.
A reforma da Previdência aprovada em 2019 aumentou o tempo de contribuição para poder se aposentar. Os bancários que antes poderiam estar na estabilidade pré-aposentadoria, com as novas regras, precisam trabalhar por mais anos. Mas muitos estão sendo demitidos ou “colocados à disposição”.

“É muito triste isso, após 32 anos de banco, próximo à aposentadoria, ser colocado à disposição, além de demitir por baixa performance, agora estão descartando os mais velhos”, relata um trabalhador.

Os Sindicatos reforçam a necessidade de o banco desenvolver um centro de realocação para que os trabalhadores tenham a oportunidade de continuar no banco.

“É desumano a tratativa do banco com os trabalhadores que se dedicaram a vida toda contribuindo com a lucratividade. O banco simplesmente descarta seus colaboradores, sem o reconhecimento merecido” lamenta Júlio.

Outro problema grave no banco apontado pelo diretor é o que envolve trabalhadores com algum tipo problema de saúde. Há vários relatos apontando descaso do banco com esses empregados, que, em muitos casos, ficaram doentes por causa da rotina massacrante no banco: o trabalhador se afasta para se tratar e, no retorno ao trabalho, é isolado, fica sem função, sem participação em reuniões, até que são desligados por baixa performance, como é prática do banco na maioria dos desligamentos.

O Diretor Júlio César ressaltar ainda que o Sindicato está atento as ações do banco e solicitar aos colegas bancários que constatado tais fatos denunciem ao sindicato.

“O sindicato está atento e irá adotar as médicas necessárias para proteger os trabalhadores” concluiu

 

 

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