Bancários do BB aprovam GREVE DIA 29 contra reestruturação

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O Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região realizou nesta segunda-feira(25) assembleia virtual através do site bancariosriopreto.com.br onde os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil aprovaram com mais de 97% dos votos, a greve programada para o dia 29 (sexta-feira), por 24h, na base sindical de Rio Preto e Região contra a mais nova reestruturação implantada pelo governo federal e a diretoria do banco. A quarta em cinco anos.

União é fundamental

De acordo com o presidente do Sindicato e bancário do BB, Aparecido Roveroni, o momento é de luta e requer união dos bancários.

“A união dos colegas bancários aderindo a greve organizada pelo sindicato é fundamental. Somente com união iremos combater as demissões voluntárias, o descomissionamento de caixas, a redução de salários, a realocação para qualquer lugar do país, o que inclusive pode destruir famílias, além da mudança radical da vida destes bancários e bancárias nesta situação”.

Desligue seu celular, notebook, micro ou nem venha ao trabalho

Os bancários que atuam através do teletrabalho, podem aderir a greve desligando o celular, o notebook ou o microcomputador. Quem trabalha presencialmente nas agências pode se juntar à greve na porta da agência ou nem saia de casa, nesta sexta, 29 de janeiro de 2021.

Todos serão prejudicados, menos os acionistas

“É preciso ter clareza, não deixar se enganar! Todos serão atingidos pela reestruturação. Com corte de 5 mil bancários, os que sobrarem serão ainda mais sobrecarregados, enquanto os acionistas aplaudem os lucros. O que vem acontecendo ano após ano. Hoje é o seu colega, mas quem disse que não terão outros programas para desligar você? Mais cedo ou mais tarde, todos serão atingidos. É hora de unidade, solidariedade e luta! Engaje-se na greve já!” destacou Darci Barros, diretor do Sindicato e bancário do BB.

Mais lucro, menos funcionários e agências

Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro em 16%.

Extinção de cargos busca descomissionar funcionários

O plano é extinguir a função de Caixa Executivo, revertendo os trabalhadores nessa função a escriturários – que é a carreira de entrada no Banco do Brasil.

Outra mudança – além da perda da gratificação, é o regime de trabalho a que esses escriturários serão submetidos. O BB buscará implementar o caixa por demanda, causando extrema insegurança.

O descomissionamento dos funcionários alocados como Caixa Executivo será feito ainda em fevereiro. Além disso, os escriturários terão modificados a nomenclatura de seu cargo: a partir de hoje, serão chamados de Agentes Comerciais.

Fecharão unidades e agências

O governo federal diz que vai fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”, além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa. Tudo no primeiro semestre de 2021. O banco pretende desempregar 5 mil funcionários em dois programas de desligamento

Extermínio do social e financiamento dos micros e pequenos

“O Banco do Brasil possui importante papel social. Nenhum outro banco facilita empréstimos com juros mais baixos aos micros e pequenos agricultores; empresas e comércio em geral, instalados em pequenas cidades. Financia esporte, cultura e outras áreas sociais. O Banco é essencial para o país!” destacou Jurandir Garcia, diretor do Sindicato e bancário do BB.

Sindicato paralisou agência no dia 21 e promoveu tuitaço contra o desmonte no BB

Em São José do Rio Preto, no último dia 21/1, o Sindicato e funcionários do BB atrasaram em uma hora o início dos atendimentos na agência da Avenida Constituição, na Boa Vista.

“Os funcionários estão indignados e por isso decidiram protestar. Este é um período onde o Brasil necessita de mais empregos, mais distribuição de renda e as pessoas precisam de mais créditos, o banco público tem esta função importante nesta retomada econômica e o Banco do Brasil está agindo na contramão ao reduzir o número de agências e funcionários. A nossa luta é em defesa dos bancos públicos e neste momento principalmente no Banco do Brasil”, disse Hilário Ruiz, vice-presidente regional do Sindicato.

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